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Mobilidade, Indústria e Cultura: as cores vivas do cenário urbano nas roupas de ciclismo

Mobilidade, Indústria e Cultura: as cores vivas do cenário urbano nas roupas de ciclismo

Se você é fã de futebol, a camisa, o brasão e as cores do seu time significam mais do que uma roupa. Ao se vestir, você coloca intenção e identidade em cada peça. Se você é ciclista, já deve ter percebido que estamos seguindo este mesmo caminho.

 

 

 

Andando por um supermercado da região central de Curitiba, no último domingo, vi 3 pessoas com roupas de ciclismo fazendo outras coisas além de pedalar.

 

Sem estarem em suas bicicletas, mas vestidas para um bom pedal, vejo, com frequência, uma nova movimentação: as peças de ciclismo desfilando pelo cenário urbano.

 

E antes que você me considere tendencioso por decidir descrever este fenômeno por ter visto 3 pessoas com roupas de ciclismo no supermercado, quero te tranquilizar: trata-se de uma tendência que está nos alcançando por todos os lados. Vou te explicar.

 

A Revolução da Mobilidade Ativa

A malha cicloviária da América Latina está se expandindo como nunca. No Brasil, não é um fenômeno que se restringe ao eixo Rio-São Paulo.

 

Em fevereiro deste ano, a capital federal, Brasília, atingiu 633,496 km de malha cicloviária, ficando atrás apenas de São Paulo, cidade que tem a maior extensão de ciclovias do Brasil, com 699,2 km.

 

E muitas forças estão agindo neste sentido: a consciência ambiental, a saúde e o bem-estar, a necessidade de ressignificar o espaço urbano.

 

Assim, a mobilidade ativa, que não depende de motores e sim do nosso próprio corpo, está fazendo mais parte das nossas vidas em diferentes contextos.

 

E é claro que as bicicletas são protagonistas nessa trajetória.

 

Diferentes indústrias apontam: avante, ciclistas!

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 2021 registrou um crescimento de 27,8% na produção de bicicletas em relação ao ano de 2020, chegando a mais de 80 mil bikes.

 

E das indústrias de duas rodas para a moda, a Prada, marca italiana que é símbolo de luxo e status, começou a pedalar em nossa direção nas últimas coleções: com bermudas, óculos e outros acessórios que mergulham no universo da moda para ciclistas.

 

Fica cada vez mais claro que além de ter uma bike e de viver o prazer de pedalar, o ciclista quer vestir sua identidade.

 

Seu pedal, sua identidade

Historicamente, essas tendências significam um novo ponto de virada para a indústria do ciclismo. Antes dos anos 80, o ciclismo era um esporte quase estritamente europeu.

 

Por muito tempo, nutrimos essa imagem do ciclismo romântico: europeu, focado em competição, performance, atletas com uma identidade esportiva discreta, sem glamour. 

 

Eu tive o prazer de participar do levante do ciclismo moderno, vivenciando a evolução rápida do conceito esportivo do ciclismo, acompanhando a expansão global da modalidade.

 

Eu faço parte deste ciclo dos anos 80, quando os países fora da Europa começaram a se enxergar como parte do mundo do ciclismo.

 

Hoje, as pessoas que andam de bicicleta para se locomover no dia a dia, passear nos fins de semanas ou apenas para se divertir, sequer devem conhecer essa história da evolução do ciclismo.

 

Na cidade, as pessoas que pedalam à sua volta podem não conhecer as competições que estão acontecendo no Brasil atualmente e muito menos toda a parte técnica e de performance que existe nesta indústria do ciclismo.

 

E isso não é um problema. Na verdade, isso é inevitável.

 

Existem diversos canais para se chegar ao ponto de se “ver ciclista”, e nem sempre é preciso ser pelo viés esportivo.

 

A moda, por exemplo, é uma força inegável neste processo e está desempenhando um papel poderoso ao apontar novos caminhos para nos “vermos ciclistas”.

 

Naturalmente, o estilo de vida das pessoas e as marcas estão buscando novos pontos de contato para que uma identidade autêntica exista para ambas: consumidores e empresas.

 

Hoje, retomando aos poucos os espaços públicos e voltando a enxergar a cidade em movimento, quando sentamos em um café ou na fila do supermercado, não nos assustamos mais em ver uma atleta, sentada, batendo papo, descontraída e com toda a indumentária de um bom treino de ciclismo.

 

Estão caindo as barreiras que separam a identidade esportiva ou fitness do cotidiano. Há pelo menos uma década, estamos acompanhando o bem-estar e a saúde ganhando mais espaço e mais urgência em nossas vidas. Em sintonia, o esporte, felizmente, já extrapola os limites dos treinos ou dos muros das academias.

 

A moda acompanha esta tendência e produz, cada vez mais, peças que trazem a proposta completa de se “sentir ciclista”: tecnologia, performance, conforto e, claro, identidade!

 

Como é bom acompanhar a movimentação da cidade e ver as cores do ciclismo tomando o cenário urbano.

 

A Mauro Ribeiro Sports vai acelerar essa revolução. Espero ter você aqui por perto para nos acompanhar!

 

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